sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Apreensões da Receita cresceram 51% em relação a 2009

As apreensões de equipamentos eletrônicos no noroeste do Paraná aumentaram 51% de janeiro a agosto deste ano na comparação com o mesmo período de 2009. O montante apreendido pela Delegacia da Receita Federal em Maringá ultrapassou os R$ 3,8 milhões ante R$ 2,5 milhões apreendidos de janeiro a agosto de 2010.

A Receita também registrou leve aumento de 2,77% no volume de apreensões em geral (incluindo-se eletrônicos, bebidas, cigarros, entre outros produtos). O valor passou de R$ 11,5 milhões de janeiro a agosto de 2009 para R$ 11,8 milhões em 2010.

Na contramão desse aumento, o cigarro apresentou redução no número de apreensões, segundo a Receita. Entre janeiro e agosto de 2010, houve uma redução de 56% na apreensão de cigarros, com o valor total caindo de R$ 2,7 milhões para R$ 1,1 milhão.

O analista tributário da Receita Federal do Brasil em Maringá Marcos Luchiancenkol acredita que o rigor da fiscalização fez diminuir o interesse pelo contrabando de cigarros.
Depósito da Receita Federal em Maringá, onde são
armazenados os produtos apreendidos na região
"Fizemos várias apreensões de carretas lotadas de cigarros no ano passado e isso inibiu os contrabandistas."

O maior volume de apreensões de equipamentos eletrônicos foi impulsionado pelas mercadorias de maior demanda do momento. O eletrônico da vez é o GPS (do inglês Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global, em português), aparelho de localização e indicação de rotas que se tornou o mais encontrado por policiais e fiscais da Receita.

Os notebooks ou netbooks aparecem em segundo lugar na lista de produtos.

Novas estratégias

Para fugir das abordagens policiais em rodovias, os transportadores de mercadorias sem documentação mudaram de estratégia. Abandonaram os ônibus de excursão e hoje fazem o transporte dos produtos em ônibus de linha e automóveis de passeio. "Os carros se misturam com os demais e não chamam tanta a atenção, ao contrário dos ônibus."

Para liberar espaço e acomodar mais mercadorias, os transportadores retiram dos carros os bancos traseiros e do carona. "Os carros normalmente estão lotados. Eles não tentam esconder os produtos e quando são abordados os policiais já dão de cara com o contrabando", emenda o capitão Ademar Paschoal, comendante da 4ª Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (PRE), com sede em Maringá.

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