domingo, 19 de setembro de 2010

Aparelhos de GPS se popularizam e viram "febre" em Maringá

Redução nos custos do aparelho e praticidade motivam aumento nas vendas do produto, que facilita a vida de taxistas, serve como ferramenta para quem busca conforto e ajuda até a produção agrícola. Cerca de 80% dos produtos vêm do Paraguai

Indicar a melhor rota, rastrear veículos e cargas, otimizar a colheita. Estas são apenas algumas das funções do sistema de posicionamento global, popularmente conhecido por GPS (Global Positioning System), tecnologia que está cada vez mais presente na vida de quem mora em Maringá. Vários empresários vêm registrando crescimento na comercialização do produto.
É o caso de Willian Fiorindo, proprietário de uma loja especializada em som e acessórios automotivos. Segundo ele, somente neste ano, as instalações de GPS aumentaram cerca de 80%. “Por mês, nós recebemos uma média de vinte clientes solicitando a instalação do GPS. É uma febre”, afirmou.
Um dos que aderiram ao sistema foi o caminhoneiro Alceste Negrini Neto, que há três anos trabalha com o transporte de diversas cargas, como alimentos e máquinas. Negrini adquiriu o aparelho há nove meses e gostou da compra. “Em Maringá eu conheço bem os endereços, mas, quando preciso fazer entregas em Curitiba ou Londrina, por exemplo, sempre utilizo o GPS. Muitos amigos também estão comprando”.
Outro usuário é o representante comercial Hugo Rosa, que já conta com o GPS em dois veículos. Segundo ele, a praticidade e a redução no preço do aparelho nos últimos anos foram fatores que influenciaram na aquisição. “Não tenho mais problemas para encontrar os endereços, mesmo em grandes centros”.
Taxistas
Segundo Rodolfo Lomba, que gerencia uma rede de táxis em Maringá, os cinco carros de sua empresa já contam com o sistema. “A tecnologia agiliza tudo: monitora a frota, acelera os atendimentos e traz economia, pois percorremos destinos mais curtos”.
Nas concessionárias, o interesse por veículos que contam com o GPS de fábrica também tem sido maior. Segundo o consultor de vendas de uma revendedora de Maringá, Múcio Gongora, a procura é feita principalmente por clientes das linhas de luxo. “Devido ao alto custo, só algumas pessoas conseguem adquirir esse tipo de equipamento . São clientes que gostam de tecnologia, conforto e conveniência”.
Aumentando a produção agrícola
Além do GPS automotivo, os aparelhos similares voltados para a agricultura também ganham espaço. De acordo com o engenheiro agrônomo Edmilson Lima Pompeu, proprietário de uma empresa especializada nesse serviço, cada vez mais produtores rurais têm utilizado o GPS para elevar a produção agrícola.
“Com o dólar mais baixo, várias pessoas têm adquirido o sistema, que fornece informações mais precisas sobre suas lavouras, a área plantada e a produtividade obtida. Além disso, o aparelho diminui os gastos com mão de obra. Uma marcação de propriedade, por exemplo, precisaria de dois tratores e dois funcionários. Com o GPS, uma só pessoa pode fazer isso".


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