domingo, 27 de setembro de 2009

UEM estuda a abertura de 18 novos cursos presenciais


A Universidade Estadual de Maringá (UEM) estuda abrir 18 novos cursos presenciais e outros seis de ensino a distância – via internet. A informação exclusiva foi confirmada neste fim de semana a O Diário pelo reitor da universidade, Décio Sperandio. Alguns dos cursos, como Biotecnologia, poderão funcionar ainda no segundo semestre de 2010, e outros a partir de 2011.

Além da expansão na área pedagógica, o reitor anunciou um aporte de R$ 45 milhões em equipamentos para os cursos de graduação e pesquisa. Outros R$ 61 milhões serão investidos em obras para ampliação das instalações da sede em Maringá, bem como em nove câmpus localizados no Norte do Estado. O curso que poderá funcionar ainda no segundo semestre de 2010 é o de Biotecnologia.

A informação foi prestada pelo professor em Biotecnologia e Genética da UEM, João Alencar Pamphile. Segundo ele, o curso será noturno e contará com 40 alunos inicialmente. A iniciativa, segundo ele, é formar profissionais tecnólogos para o mercado. O curso terá três anos e será de graduação. “O aluno formado poderá ainda prestar mestrado e doutorado”, explica.

O curso de Biotecnologia já recebeu aprovação do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) da universidade e deverá ainda passar pela aprovação da última instância, o Conselho Universitário (COU). Espera aprovação no CEP, ainda, o curso de Comunicação e Multimeios. Já foi aprovado pelo COU, o curso de Biomedicina, que deve passar a funcionar em 2011.

O reitor ressalva que o funcionamento dos novos cursos precede a reestruturação dos 52 — quatro deles de educação à distância – cursos já existentes, além da efetivação de 200 professores temporários. A UEM conta hoje com 1.252 servidores efetivos. Atualmente, a universidade gasta cerca de R$ 18 milhões com a folha de pagamento funcional. Segundo ele, o estudo de ampliação do número de cursos trata-se de uma projeção e necessita de investimentos do governo estadual. “A UEM está muito bem assistida na questão financeira pelo governo do Estado”, frisou.

Sperandio confirmou o uso de R$ 45 milhões para reestruturação dos cursos já existentes. Estão previstos compra de equipamentos de informática, veículos, material bibliográfico (livros) para incremento das bibliotecas já existentes, móveis entre outros. “Este dinheiro é proveniente do Governo Federal e Estadual”, destacou.

O reitor informou que o dinheiro também será aplicado nos cursos de graduação e para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. “Temos também que melhorar a pontuação dos outros cursos perante o Índice Geral de Cursos (ICG), do Ministério da Educação”, lembrou. Sperandio fez menção ao fato de a UEM ter sido apontada como a primeira universidade do Paraná em qualidade de ensino, recebendo a nota 4 do ICG (a nota máxima é 5).

O cálculo da nota é feito levando-se em conta variáveis como infraestrutura, recursos didáticos, titulação dos professores, Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) entre outros. “Nem todos os cursos da UEM receberam esta nota e precisamos melhorar esta situação”, disse.

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