Tribunal de Contas aponta falhas em 2,8 mil cadastros do programa em Maringá
Entre as irregularidades apontadas pelo TCU estão: compra de veículos, divergências nas informações e até saque de dinheiro cujo beneficário já morre.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou neste ano falhas em 2,8 mil cadastros do programa Bolsa Família em Maringá. Entre as irregularidades está a aquisição de veículos, divergências entre a renda declarada pelas famílias e dados do Ministério do Trabalho e beneficiários que morreram, mas continuaram com o dinheiro sendo sacado. As falhas apontadas em Maringá fazem parte de um levantamento nacional. Desde o início do ano, o TCU identificou irregularidades em 500 mil benefícios do programa, em todo o País. De acordo com a secretária municipal Rosa Maria Marques de Souza, gestora do Programa em Maringá, equipes estão nas ruas para visitar os beneficiários apontados pelo TCU. “Nossa função agora é visitar cada uma dessas famílias”, diz. Entre os problemas apontados em Maringá está que 233 beneficiários compraram veículos. As aquisições foram descobertas pelo TCU, por meio do cruzamento dos cadastros do Bolsa-Família com o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Foi descoberto que 190 compraram motocicleta, 30 adquiriram carros, sete passaram a ter micro-ônibus e dois compararam caminhões — outros quatro adquiriram utilitários. Segundo funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Sasc), órgão que fiscaliza o Bolsa-Família em Maringá, ainda não há garantia de que todas as falhas apontadas pelo TCU tenham beneficiado pessoas que tiveram aumento de renda, mas não se desfizeram do cartão. A justificativa é que a cidade possui 15.800 pessoas cadastradas no programa, mas a menor parte recebe o benefício — porque foram cortadas ou abandonaram espontaneamente. Em julho deste ano o programa atendeu 5.885 famílias de Maringá, pagando um total de R$ 229.290 em benefícios — média de R$ 38 por família atendida. Podem fazer parte do programa as famílias com renda mensal de até R$ 140 por pessoa — todos os integrantes devem estar registrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
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