quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Reitor anuncia compra de 5 novos ônibus para UEM


Cerca de 60 estudantes do Departamento de Geografia protestaram, na manhã desta quinta-feira (17) contra a falta de transportes na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Lideranças dos estudantes alegaram que os veículos utilizados para pesquisa em campo estariam sendo sucateados para uma possível terceirização do serviço por parte da universidade. O reitor da UEM, Décio Sperandio, após manifestação em frente à reitoria do câmpus, garantiu aos estudantes que não haverá falta de veículos para pesquisa e anunciou a compra de cinco novos ônibus. “O primeiro ônibus já foi comprado”, informou o reitor aos estudantes numa sala de reuniões contígua a prédio da reitoria. Segundo ele, quatro ônibus estão velhos. A renovação deverá ocorrer até o final do ano que vem. Ele também garantiu aos estudantes que mais ônibus também se juntaram à frota, mas, neste caso, não quis adiantar quando isso irá acontecer. Além de reconhecer que a atual frota de ônibus está sucateada, Sperandio explicou que a licitação feita para terceirizar o transporte na universidade tem caráter preventivo. Ele explicou que uma empresa ganhou a licitação e só será acionada caso o transporte da UEM não dê conta das solicitações. Sperandio destacou que em sua eleição para reitor teve como bandeira a não terceirização dos serviços universitários. “Vocês (estudantes) não vão ficar sem transporte”, garantiu o reitor. Ataque e defesa O presidente do Centro Acadêmico de Geografia, Gabriel Mendoza, criticou a falta de veículos para pesquisa fora da universidade. Segundo ele, estudantes utilizam o ônibus para colher amostras de solo, fazer pesquisas topográficas, turísticas e urbanas. Enquanto falava, uma estudante na sala de reunião alegava que duas viagens teriam sido suspensas este ano por falta de veículos. O líder estudantil informou que os alunos estão apreensivos com a possibilidade de os custos da terceirização serem repassados aos alunos. Minutos antes da reunião, estudantes gritavam palavras de ordem como: “Sou estudante, não pago não, ô Décio, vê se libera o meu busão”. Numa das faixas improvisadas pelos alunos lia-se: “Sucateamento do ensino ou só de ônibus?”. Mendoza explicou que o curso possui 360 alunos, em dois turnos. O diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Lúcio Tadeu Mota, criticou a não participação das lideranças em reuniões mensais do Conselho Interdepartamental (CI), onde se reúnem todos os departamentos do câmpus e representantes de alunos e funcionários. Segundo ele, a manifestação não teria acontecido se os alunos tivessem levado suas reivindicações para o CI.

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