A Google Inc. criou um novo formato de imagem, capaz de gerar arquivos até 40% menores que os populares JPEG. A ideia é tornar a internet mais leve.
Há um bom tempo o formato JPEG se estabeleceu como tipo de imagem mais aceito por vários softwares e sites, como serviços de compartilhamento online de imagens, browsers, editores de fotografias, vídeo e até por dispositivos físicos como câmeras digitais. Ele tem larga compatibilidade e aceitação.
Segundo o site Mashable, a gigante Google ainda não está satisfeita. Ela criou um novo formato, que foi chamado de WebP (a pronúncia é ¿Uépi¿, segundo a empresa), que chega a ser 40% menor que o JPEG e também utiliza uma técnica de compressão de dados com perdas.
A companhia estima, como informa o site CNET, que 65% da internet é formado por imagens. Portanto, o WebP (Uépi, não esqueça), pode fazer que internet fique 25% mais rápida. E se alguma empresa está apta a realizar essa nova revolução, é a Google.
A diferença deste novo formato está no enxuto bitstream do codificador VP8, um codec originalmente criado para comprimir keyframes em vídeos, aliado ao "recipiente" RIFF, que possui, entre outras coisas, um cabeçalho otimizado. Todo o código fonte do WebP é livre, e não há dúvidas de que a empresa pretende fazer deste o formato mais popular e mais aceito, a exemplo do que acontece com o JPEG hoje.
A Google já lançou, inclusive, uma ferramenta para conversão de imagens do tipo BMP, JPEG, GIF e PNG para o novo formato. O download do seu instalador pode ser feito através do link http://bit.ly/WebPInstall. Ele funciona apenas no Linux, por enquanto.
"Além de um programa de conversão para o Windows, esperamos ter, dentro de algumas semanas, suporte nativo para WebP no Chrome", disse Richard Rabbat, Gerente de Produtos da Google. Com a rápida adoção desse navegador, que vem "comendo" fatias de mercado do Internet Explorer e de seu maior rival, o Firefox, é bem provável que o novo formato de imagem se popularize dentro de alguns anos.
Os dados técnicos e alguns comparativos entre os formatos pode ser encontrados no site onde o estudo feito pela Google foi publicado, disponível em bit.ly/d49L0s.
O JPEG
Criado em 1983, seu algoritmo utiliza compressão de imagem com perda de dados, uma técnica chamada lossy data compression, mantendo uma qualidade mínima em relação ao arquivo original, mas que destrói certos detalhes da imagem. Em relação ao formato Bitmap (BMP), mais utilizado na época e que não possui esta compressão, os arquivos chegam a ser dez vezes menores. Em outras palavras, uma foto com mais de 3 MB em BMP, pode ser convertida para JPG, com cerca de 200 kB.
Mas a perda de qualidade é evidente. É fácil comparar: pegue uma imagem BMP, não compactada portanto, e converta-a para JPEG. Depois, abra a nova imagem JPEG com um programa de edição e dê zoom: muitas "falhas", normalmente chamadas (em uma tradução um tanto incorreta) de "artefatos", aparecerão. Compare as duas imagens lado a lado.
Mas a compressão do JPEG é benéfica. Sem ela, teríamos uma internet muito mais lenta. Páginas com muitas imagens demorariam vários minutos para abrir. Internet móvel seria um teste de paciência até para as pessoas mais calmas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário