quinta-feira, 19 de março de 2015

Polícia Civil conclui que estudante encontrada morta foi jogada em lago

Cíntia Souza foi empurrada de uma altura de 12 metros, diz delegada.
Polícia de Ponta Grossa, no Paraná, concluiu inquérito nesta quinta (19).


A Polícia Civil de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, concluiu nesta quinta-feira (19) o inquérito sobre a morte da estudante de Educação Física, Cíntia Quadros de Souza, 22 anos.
Segundo a delegada Tânia Maria Sviercoski Pinto, a jovem foi empurrada de um paredão de pedra do Rio São Jorge, em Ponta Grossa, e caiu de uma altura de 12 metros, em janeiro. O suspeito, que é ex-namorado da jovem, Paulo Leandro Spinardi, 33 anos, está preso.
“Pela posição final em que o corpo foi encontrado e pelos laudos, comprovou-se que ela foi empurrada”, disse Tânia em entrevista coletiva na delegacia na tarde desta quinta-feira (19). O suspeito alegou, durante depoimento em 28 de janeiro, que Cíntia caiu acidentalmente.
Renato Tauille, que é advogado de defesa do suspeito, afirmou ao G1 que ainda não teve acesso ao inquérito e que vai se manifestar após analisar o documento.
Ainda conforme a delegada, Spinardi foi indiciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual e ocultação de cadáver. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) e, de acordo com a delegada, vai se aguardar a denúncia do suspeito à Justiça.
A delegada já pediu a prisão preventiva do suspeito, que está recolhido no presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, desde 21 de janeiro com mandado de prisão temporária válido por 30 dias. O mandado já foi prorrogado por mais um mês e vence no sábado (21).
A jovem foi encontrada morta em um lago na base de um paredão de pedra no dia 21 de janeiro. Segundo a delegada, as investigações apontaram que depois que o suspeito empurrou a ex-namorada, ele desceu até o lago, jogou uma pedra de 21 quilos na cabeça da jovem e ainda colocou duas pedras sobre o corpo, para evitar que ele boiasse, conforme a delegada.
Relembre o caso
Cíntia foi vista pela última vez em companhia do ex-namorado, suspeito pela morte, no dia 14 de janeiro. Parentes da jovem registraram um Boletim de Ocorrência do desaparecimento quatro dias depois. Os familiares disseram que Cíntia e Spinardi tinham se encontrado para resolver uma pendência com relação a um carro que foi comprado pelo suspeito, mas estava no nome da estudante.
A Polícia Civil obteve informações de que a jovem e o ex-namorado foram vistos na região do Rio São Jorge. A pedido da delegada, o Corpo de Bombeiros fez buscas na região. Na manhã do dia 21 de janeiro, ela foi achada morta.
Spinardi se apresentou na delegacia no mesmo dia e ficou preso porque a Justiça já tinha expedido mandado de prisão contra ele. No dia 24 de janeiro, parentes e amigos de Cíntia fizeram uma passeata no Centro de Ponta Grossa para pedir justiça no caso.
Um laudo, emitido no início de fevereiro, confirmou que a jovem morreu por afogamento. Já no dia 10, Spinardi saiu da prisão e foi escoltado até o Rio São Jorge para dar sua versão sobre como a estudante morreu.

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