terça-feira, 19 de maio de 2015

Assembleia nesta quarta define rumo da greve em Maringá


Professores e funcionários da rede estadual de ensino voltam a se reunir nesta quarta-feira (20), em Maringá, para discutir o rumo do movimento grevista que já dura cerca de 50 dias. A assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar) começa às 14h, no Restaurante Universitário (RU), da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Nesta terça-feira (19), terminou sem acordo a reunião entre representantes dos servidores públicos estaduais e do governo, que durou cerca de quatro horas. Os dois lados se mostraram irredutíveis.
O Estado alega não ter caixa para reajustar os salários dos servidores em 8,14%, porcentual equivalente à inflação dos últimos 12 meses, enquanto o Fórum de Servidores, que integra 21 entidades, não aceita os 5% a serem pagos em duas parcelas, conforme o governo quer.
"Este é o índice possível neste momento. O governo está fazendo um grande esforço para chegar neste percentual", sustentou o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, durante reunião realizada no Palácio Iguaçu.
Sciarra ressaltou que o encontro é um gesto que demonstra a disposição do governo para o diálogo, mas que no momento não haverá reabertura de negociações com servidores em greve. "Qualquer outra negociação pode ser retomada com o fim da greve, sem intransigências", afirmou.
Passeata
Pela manhã, professores fizeram uma passeata pelas ruas centrais em direção ao Palácio do Iguaçu, sede do governo. Segundo a organização, 30 mil pessoas participaram - a Guarda Municipal fala em 16 mil e a PM, 10 mil.

O projeto, que seria encaminhado nesta segunda-feira, 18, para os deputados estaduais votarem, continua tendo sua votação adiada. Alguns aliados do governo temem colocá-lo em votação sob a pressão dos servidores, que nesta terça tiveram acesso à galeria e com gritos de "Fora Beto Richa" provocaram a interrupção da sessão.

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