quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Até que enfim, começaram as obras no Parque do Ingá




Entre ameaças à saúde pública, macacos mortos por contaminação misteriosa e promessas de revitalização, o Parque do Ingá está fechado há sete meses e dez dias.

Autorizado a ser reaberto, pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná em 20 de julho, a Prefeitura de Maringá resolveu manter o parque fechado ao público para reformas. Passados quatro meses desde a liberação, apenas esta semana começaram a construção de novos banheiros e as reformas dos banheiros antigos e da cantina — as únicas obras licitadas até terça-feira (24). Neles, a prefeitura está investindo R$ 222 mil (valor da licitação ocorrida em setembro).

No final de outubro, a reportagem de O Diário entrou no parque e constatou estado de abandono. Sem manutenção, a infraestrutura que havia se degradou. Os sanitários e a lanchonete que funcionavam em uma das margens do lago, foram depredados — agora estão sendo reformados. Essa, segundo a prefeitura, é a primeira etapa das obras de revitalização e corresponde a uma área de 128 metros quadrados. A Construtora R.D Ferreira, de Umuarama, que venceu a licitação, vai, entre outras coisas, trocar o piso ao redor da lanchonete por outro de material ecológico.

Busca de recursos

Segundo o projeto divulgado pela secretaria de Meio Ambiente de Maringá (Sema) no início do ano, serão investidos R$ 2,5 milhões em melhorias no parque. Os recursos estão sendo pleiteados junto ao Governo Federal. Além da lanchonete e dos banheiros, a revitalização prevê a construção de um deck de madeira sobre o lago — onde antes era o embarcadouro dos pedalinhos—, pista de corrida de carrinhos infantis, um centro de educação ambiental, um parque de diversões ecológico, pista de brinquedos rústicos, bicicletas especiais para alugar, área para a prática de arvorismo e uma tirolesa atravessando o lago.

Ainda segundo o projeto de revitalização, junto com as obras de melhoria da infraestrutura será feito um trabalho para o resgate histórico e patrimonial, envolvendo as secretarias municipais de Meio Ambiente e Cultura: “Aspectos relevantes relacionados à história do parque e a educação ambiental serão melhor trabalhados”. Diz o documento que “o novo Parque do Ingá será de fato uma das mais interessantes atrações turísticas da cidade, sempre cheio de atividades culturais e com muita diversão para crianças e adultos”.

Entrada franca

“A entrada no parque continuará sendo gratuita como sempre foi, porém com muito mais opções de lazer para os visitantes”, disse o diretor-geral da secretaria de Meio Ambiente de Maringá, Sérgio Antonio Viotto Filho, lembrando que as novas atrações, como bicicletas, carrinhos, tirolesa e arvorismo serão cobrados, “mas haverá inúmeras atividades lúdicas totalmente gratuitas para a criançada”.

Quando se decidiu manter o parque fechado, em julho, a prefeitura divulgou que ele seria aberto no final do ano, mas faltam apenas 35 dias para 2009 terminar e o prazo para a conclusão das obras em andamento é de 90 dias.

No parque, a reportagem encontrou caminhos parcialmente tomados pelo mato, animais exóticos soltos e lixeiras quebradas. Das antigas atrações do minizoo, pouca coisa restou: dois cachorros do mato, um casal de leões (o macho tem 13 anos e a fêmea 12) um puma, seis macacos-prego e uma arara. Os viveiros, que tinham papagaios, araras e outras espécies, estão vazios.

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