Imagens registradas por uma câmera dentro da sala de parto no Hospital Sepaco, em São Paulo, mostra a sequência de pouco mais de três minutos que registra o nascimento dos quíntuplos da gestante Karina Bárbara Barreira (veja vídeo acima). A encarregada de vendas deu à luz na manhã desta segunda-feira (13).
O menino e as quatro meninas foram levados para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Tanto os recém-nascidos quanto a mãe passam bem, de acordo com o hospital. A cesárea ocorreu um dia depois de a gestante completar sete meses de gravidez.
Durante a cesárea, a equipe optou por identificar os recém-nascidos por cores. O primeiro a ser retirado, um menino, foi associado à cor laranja. Segundo o pai, as crianças ainda não têm nome, exceto o garoto. Entretanto, ele diz que só vai divulgar o nome quando todos forem escolhidos
Durante a cesárea, a equipe optou por identificar os recém-nascidos por cores. O primeiro a ser retirado, um menino, foi associado à cor laranja. Segundo o pai, as crianças ainda não têm nome, exceto o garoto. Entretanto, ele diz que só vai divulgar o nome quando todos forem escolhidos
Emocionado, o pai João Biagi Júnior disse que viveu todos os sentimentos misturados. "Não tem uma palavra para definir", afirmou.
O parto mobilizou três obstetras, dois anestesistas, oito pediatras, três enfermeiras e seis técnicas em enfermagem em uma sala de cerca de 60 metros quadrados, preparada para procedimentos de alta complexidade.
A cesárea durou cerca de 40 minutos. Pouco mais de três minutos foi o tempo entre a retirada do menino com 1,185 kg, o primeiro a nascer, e da última menina, que tinha 0,715 kg.
A menor menina foi a quarta a ser retirada e estava com 0,595 kg. As outras duas meninas pesaram 0,905 kg e 0,930 kg.
“Nesse momento crítico do nascimento era fundamental o tempo entre o primeiro e o último. A operação tinha que ser rápida para a gente poder dar a mesma oportunidade para o primeiro e para o último. Conseguimos entregar as crianças para o grupo da pediatria em excelente estado”, afirmou o obstetra Carlos Del Roy.
Segundo os médicos, todos nasceram ativos e nenhum precisou ser reanimado. “A condição de vitalidade era muito boa e eles continuam muito bem. Eles são bebês imaturos e vamos ter que trabalhar com isso. A gente acha que logo logo esses bebezinhos vão estar bem”, disse o pediatra Lúcio Flavio Lima.
Os bebês devem ter alta quando estiverem com em torno de 1,8 kg. A expectativa é que eles fiquem dois meses na UTI neonatal, segundo o hospital.
Por volta das 18h30, três dos bebês precisavam de suporte ventilatório, "algo previsível em prematuros", de acordo com o boletim médico.
Por volta das 18h30, três dos bebês precisavam de suporte ventilatório, "algo previsível em prematuros", de acordo com o boletim médico.
Devido ao número de bebês, os médicos optaram por fazer um corte especial.
“O corte na pele foi o corte tradicional da cesariana, o corte transversal. No útero, nós optamos por um corte longitudinal porque a gente precisava de amplitude para retirar as crianças com mais facilidade e em menos tempo”, disse Del Roy.
O parto foi antecipado por causa da insuficiência placentária, de acordo com Raimundo Nunes, coordenador do departamento de ginecologia do Sepaco.
Um ultrassom feito na sexta-feira (10) indicou que uma das meninas estava sofrendo do que os médicos chamam de centralização.
“A quantidade de sangue não estava sendo mais satisfatória para um bebê, o que é considerado um quadro crítico para ele. No máximo, poderia esperar até segunda-feira”, explicou Raymundo Nunes.
O médico conta que visitou a encarregada de vendas Karina Bárbara Barreira nesta manhã. “Perguntei para ela se ela estava preparada, porque o parto ia ser hoje mesmo. Ela falou que estava pronta. Ela estar confiante também nos animou bastante.”
Apenas o pai acompanhou o procedimento. De acordo com a equipe médica, ele chorou bastante.
Monitoramento
A equipe médica monitorava de perto o estado de saúde de Karina e das crianças. Semanalmente, ela passava por um ultrassom para avaliar a evolução e a vitalidade dos bebês.
A equipe médica monitorava de perto o estado de saúde de Karina e das crianças. Semanalmente, ela passava por um ultrassom para avaliar a evolução e a vitalidade dos bebês.
Às vésperas de completar 27 semanas de gravidez, o G1 acompanhou um dos exames, que indicou que o menino já estava com mais de 1kg.
“Fico feliz de ver que eles estão ganhando peso. Cada dia é uma vitória”, afirmou Karina na ocasião. O menino era o maior dos bebês.
O médico radiologista Rodrigo Junqueira Rocha, que fez esse ultrassom, explicou que alguns dos bebês tinham o desenvolvimento de 3 a 4 semanas menor que um outro bebê que não tivesse em uma gestação múltipla, o que é considerado normal.
Para prolongar a gravidez, Karina fez bastante repouso e manteve uma rotina bastante regrada. Acordava cedo e recebia a primeira visita das enfermeiras por volta das 6h. Outras visitas da equipe médica se sucediam ao longo do dia até por volta de meia-noite.
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