quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A adoção de uma nova tecnologia


Quando uma nova tecnologia chega ao mercado, uma das principais preocupações de um gerente de desenvolvimento é se perguntar: devo utilizar a nova arquitetura? Quais benefícios essa nova solução traz ao meu ambiente? Como dou início ao processo de adoção da arquitetura? O que faço com as aplicações já existentes? Como desenvolvo aplicações voltadas ao novo ambiente?Como qualquer conhecimento novo, o primeiro passo é difundir a estratégia para superar as barreiras culturais envolvidas na geração de um paradigma. E o melhor modo de fazer isso é por meio de oficinas com a equipe, nas quais as tendências mercadológicas são colocadas e uma exposição das tecnologias existentes realizada. É importante criar a motivação necessária em toda a área envolvida e, ao mesmo tempo, fazer um alinhamento de expectativas em relação à arquitetura a ser implementada.Também é fundamental fazer um mapeamento dos possíveis problemas – assim como das melhores práticas do mercado e das vantagens em adquirir pacotes versus desenvolvimento interno – e identificar os padrões mais adequados ao ambiente. Convém ressaltar que nesta fase é bom ter alguém externo como moderador, que possa enxergar o todo de forma isenta e não esteja envolvido com questões internas ou departamentais. Depois dessas oficinas e levantamentos, teremos um cenário mais claro sobre quais recursos, mudanças de infra-estrutura, treinamentos e tempo são necessários para alcançar o objetivo.Uma boa notícia é que as arquiteturas implementadas não implicam em descartar o que foi feito previamente. Como ocorre com qualquer mudança na arquitetura ou plataforma de desenvolvimento, porém, faz-se necessário planejar corretamente os passos da introdução. O ideal em novas implementações está em utilizar uma ferramenta que possua um ambiente completo e rápido de desenvolvimento de aplicativos, o qual permita agilidade de novos processos e encapsule o conhecimento dos negócios sob a forma de componentes reutilizáveis.Cabe ainda se preocupar com o negócio a ser atendido e que exista um nível de abstração entre a lógica desse negócio e em qual plataforma ou linguagem o serviço será executado. Hoje, já temos opções de ferramentas que nos possibilitam essa análise. Essa prática, aliás, se constitui uma tendência clara, visto que cada vez mais o diálogo entre a equipe de desenvolvimento de sistemas e de negócios deve ser ágil para acarretar vantagem na identificação de novas oportunidades e nichos para a empresa. O desenvolvimento deve ser, portanto, orientado a modelos de negócio e a ferramenta utilizada capaz de fazer a “tradução” desse modelo para o ambiente final de execução do serviço.Uma vez que estão concretizados os levantamentos e as oficinas, a equipe motivada e os objetivos claros, é essencial podermos garantir que os resultados da arquitetura sejam mensurados. Assim, com essa metodologia básica, teremos todas as vantagens para a introdução de uma nova tecnologia dentro de uma empresa, além de respostas mais seguras que tanto os gerentes de desenvolvimento procuram no momento crítico de decisão. Basta ter competência para utilizá-la.

*por Antonio Godinho, arquiteto de Sistemas da Unisys Brasil

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